Isolaste-me
da realidade, fazendo-me assumir-te como a mais pura verdade.
Abracei-te
bem forte junto a mim. Dediquei minha existência a ficarmos assim.
Neguei a
razão e todo o entendimento. Eu não podia fugir dos meus sentimentos.
Em minha
mente, criei para nós um tempo, um momento. Fiz-te meu templo.
Cerrei meus
ouvidos para as palavras alheias. Mantive o foco, como uma aranha construindo
suas teias.
O tempo foi
passando, tornando impossível eu continuar enganando-me.
Enfim, um
dia, não sei se cedo ou tarde, não tive mais como negar a realidade.
Abri meus
braços, soltei-te, desfiz os laços.
Amadureceu-me
ver-te partir.
Isso explica por que eu estava a sorrir.
Autoria: Rafael Silveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário