Madame Bovary, além do seu tempo.
Com o advento do estilo literário Realismo, na França, temos a obra “Madame Bovary”, de Gustave Flaubert, publicada em 1857. Contrapondo-se ao estilo anterior, o Romantismo, essa obra teve um papel inovador, opondo-se aos costumes da sociedade da época. Essa repercussão provocou, inclusive, um processo contra o autor, sendo acusado de ofensa à moral e à religião.
Apesar da sua linguagem típica do século 19, essa leitura permite uma imersão do leitor em sua narrativa através de descrições minuciosas, diálogos diretos e retratos psicológicos de seus personagens. Emma Bovary, protagonista, sempre foi uma mulher sonhadora e idealizava a sua vida amorosa, mas, ao casar-se com Charles , um médico interiorano, sente-se frustrada e infeliz em seu casamento e acaba envolvendo-se com outros homens em busca de uma paixão arrebatadora. A partir desse enredo envolvente, Flaubert também faz críticas à sociedade burguesa da época.
Entre algumas adaptações para o cinema, destaca-se a última, lançada neste ano no Brasil, tendo com protagonista a atriz Mia Wasikowska ("Alice no País das Maravilhas", "Inquietos") e com direção de Sophie Barthes.
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